sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ta decidido

Está decidido: Nada de trabalho massa e salário para o próximo ano; a parada é estudar para a ANPEC.


É, foi uma decisão difícil pra caralho, mas estou sentindo que foi a melhor. Não ia ter tempo para estudar o suficiente; e, se tivesse, não ia render a mesma coisa. Troco um ano de salário de estagiário por um ano de salário de mestre da EPGE. Como diz meu amigo Paulo, o negócio é postergar consumo; com 21 anos, parece que foi um excelente negócio...

Parece. Nada garante que eu passe, claro. Mas deixa eu fazer uso dos cursos de estatística da faculdade para dizer que, óbvio, as probabilidades de passar sem trabalhar são consideravelmente maiores...

Por mais que eu sempre tente sempre deixar todas as portas abertas, não adianta, chega uma hora que eu tenho que escolher uma delas para passar, e, na maioria dos casos, isso implica em fechar a outra (ou outras). Em um momento bem oportuno, ganhei de um amigo um livro que tem um capítulo que diz exatamente isso: o segredo é saber fechar portas.

Estranhamente, na véspera de decidir (sim, só consegui decidir na última madrugada), meu pai toca justo nesse tema. Usou exatamente as palavras portas e fechar... Bom, pode ser o simples efeito aleatório de um comentário, ou pode ser aquele cara brincando de marionete de novo comigo.

Ainda mais estranho, as coisas estão caminhando relativamente bem para uma bolsa na faculdade... O contato com o professor passou a ficar mais rápido, me pediu para cadastrar o CV na plataforma do órgão financiador do governo... Estranho, muito estranho. Mas excelente!

Enfim, já que eu fechei uma porta tão linda e charmosa, focando abrir aquela ainda mais linda e charmosa, é mais um ingrediente de motivação pessoal: se tem uma coisa que eu adoro é dinheiro; abrir mão de dinheiro para estudar e não estudar é sacanagem.

E quer saber?! Eu vou passar. Eu vou passar, sim. Eu sou é caveira, porra! Hahaha

Só para não perder o bonde e fugir um pouco do tema, decidir é especialmente interessante, ainda que seja pessoalmente falando.

Eu sou daqueles que fica viajando conjecturando como seria se eu tivesse feito isso ou aquilo. Acho um tanto arrogante dizer que não se arrepende de nada que fez, só do que não fez, e muito ingênuo dizer que prefere se arrepender do que fez, porque, pelo menos, sabe o que aconteceu.

Mais uma vez com meus cursinhos de economia, toda escolha implica um custo: o custo de oportunidade. Decidir fazer A em detrimento de B, implica abrir mão de todos os possíveis benefícios de B. Estar em dúvida entre fazer algo ou não, e optar por fazer para, assim, saber o que aconteceria, é automaticamente abrir mão de tudo que aconteceria caso não o fizesse, óbvio. Não adianta, não dá para fugir dos custos.

Parece que escolher faz parte da vida. E decidir não fazer as escolhas, mesmo quando elas estão quase impostas, já é, no fundo, uma escolha. Não decidir é, muitíssimas vezes, bem mais cômodo; mas não necessariamente é a melhor coisa a se fazer.

Eu, particularmente, gosto de decidir. Prefiro tomar para mim o mastro do meu barco.

E por que esse lenga-lenga todo? Porque essa história toda me fez lembrar uma outra história com o mesmo tema de fundo principal, e justamente foi a não decisão que decidiu tudo, e com ele, os custos e benefícios.

“(...) só dizer sim ou não,

mas você adora um se.”

Por falar em benefícios, faltam 3 semanas para ela, a Ele, chegar! Trocadilho péssimo! hahahaha

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