sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Hoje, especialmente, eu tinha que vir postar. Quem conhece um pouco do meu gênio vai entender perfeitamente o porquê...

Primeiro, eu quero dizer que é muito interessante encontrar as pessoas e ouvir coisas sobre o meu blog. Domingo nós fomos almoçar com meus tios que há um tempinho não nos víamos e a primeira coisa que ele me disse foi: "Parabéns pelo blog." Hã? "Parabéns pelo seu blog." "ah, brigado, tio." hahahaha. Engraçado ouvir coisas assim sobre algo que, no fundo, tem uma função muito mais pessoal que qualquer outra coisa, mas parece que tem agradado. Juro que não escrevo por promoção, nem deixaria de fazê-lo se ninguém gostasse, mas, de todo modo, é legal saber que tem agradado. Valeu, tio! (Agora que eu soube que ele lê, ele vai ler esse também!) 

Segundo, estou eu sentado, estudando minha microeconomiazinha quando escuto o celular vibrando. Deve ser meu amigo retornando minha ligação, pensei. Que nada...

"Yuri?" 
"Sim..." 
"Blá blá bla... Cavalcante" 
"Oi." Com aquele pensamento: Quem??? 
"É o Yuri da AIESEC?"
"Olha, eu fui, não sou mais..." 
"Você não é o Yuri que concorreu à presidência?"
Até que a ficha caiu... "Aaaaah, seu Júlio Cavalcante!!!"

Júlio Cavalcante é um consultor de planejamento estratégico com quem eu fiz uma reunião há uns 3 meses e que nessa reunião, papo vai, papo vem, me convidou para estagiar com ele. Disse que ia atuar agora com finanças também e que gostaria de montar uma equipe nessa área. Encurtando a história, acertou comigo um estágio a partir do ano que vem e começou a me enviar materiais para leitura. Aí veio toda aquela história de perder a eleição, querer um novo desafio, ser reaceito no laboratório de finanças da faculdade, estar estudando sério... Aí me vem a ligação. Sacanagem.

Depois de pensar muito, decidi aceitar a proposta, entretanto sob algumas condições. Antes, porém, um pequeno parêntesis: como o papai bem lembrou, eu não sou a última coca-cola do deserto, mas também tenho planos bem traçados para o próximo ano. Tenho que negociar uma carga horária que me permita continuar apto a estar apto a tentar a vaga na escola top. Sendo assim, já que era micro que eu estava estudando, vamos analisar meu trade-off direitinho; aceito estudar um pouco menos, desde que valha a pena (inclusive financeiramente).

Finalmente, ao propósito central do post. Infelizmente, a tendência é ficar monotemático... mas já que a minha crítica sou eu mesmo, tanto faz. Hoje foi o encerramento de um ciclo de palestras da faculdade. Carlos Hamiltom, diretor de política econômica do Bacen, e Fernando de Holanda Barbosa, professor da FGV foram os palestrantes.

Palestra do diretor foi legal; show mesmo foram as perguntas. Pausa para os comes e bebes e agora era o professor fodão. O cara é sinistro; uma das estrelas da fundação, PhD em Chicago, conteporâneo de ganhador de prêmio Nobel, ex-professor de 90% dos meus professores, e, inclusive, do diretor em questão. 

Imagina um cara desse sendo nordestino (as orelhas não negam). Com um bigode pilantra, óculos, um semblante sisudo, falando sobre ineficiências de mercado, reservas cambiais, taxa de juros... Porra, para fazer uma pergunta para um bixo desse o cara se treme todo... Enfim. 

                                                     Ele tá até simpático nessa foto...

Acabou a palestra, as perguntas, aí ficou aquela rodinha em volta dele e eu alí, só de butuca. Até que o caminho ficou um pouco mais livre, ele veio andando na minha direção, eu parei e disse: "Professor, só um segundo. Essa é a terceira vez que o senhor vem ao Ceará e a terceira vez que eu assisto uma palestra sua. Por motivação pessoal, a próxima palestra que eu vou assistir do senhor será no final do ano que vem, apresentando a EPGE." 

Nota: EPGE é a Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV-RJ. As principais escolas convidam os primeiros lugares para irem ao centro (com ajuda de custo) para uma palestra dos professores apresentando seu centro e tentando convencer os alunos a escolherem sua escola para cursar o mestrado. 

Arranquei uma sorriso amistoso daquela cara, um aperto de mão e ele disse algo como "Eu espero que você não só passe mas que escolha a EPGE porque é um investimento que vale a pena, eu fiz a prova em 1968, entrei em 1969..." "Eu vou lelmbrar o senhor, porfessor, eu vou lembrar."

Agora, por que diabos eu fiz isso?! Bom, para quem conhece esse gêniozinho que me deram, foi só por motivação pessoal. Pelo simples prazer (como se fosse necessário) de chegar lá na fundação, esperar o final da palestra, chegar para o professor, bater no ombro dele e dizer: "Eu não te disse, professor?!" 

E por isso, não precisa de título. A risada amistosa já basta para os meus propósitos (por hora).   

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