quinta-feira, 12 de agosto de 2010

...infinito enquanto dure"

Mas é muito engraçado como esse mundo dá voltas.

Sabe o que eu ganhei? Uma caixinha vermelha, com fitas adesivas cinzas de uma remetente gringa. Sabe o que tinha nela? Uma carta em espanhol, escrita com uma letra, embora bonita, de difícil compreensão, algo para a minha imaginação (boa, segunda ela) e um ursinho de mais ou menos um palmo de tamanho, feito de um tecido vermelho com alguns desenhos que eu não identifiquei o que é, dois olhos feitos de botão de camisa e um laçozinho vermelho no pescoço. Quase esqueci, banhado em um perfume gostoso. “Raro” não é o ursinho, como ela escreveu pedindo desculpa e justificando pela falta de habilidade manual e inexperiência “artística”, raro é ele estar do lado da minha cama.


Em uma semana e um bocadinho chega uma menina branquinha, de cabelo partido de lado e uma mechinha vermelha, super tímida, com um andar absurdamente característico, e lindo. Vai dizer “hola” para mim, e “oi” com um sotaque lindo (inclusive para “oi”) para minha mãe.

Vai chegar ao Ceará sem saber dançar samba nem forró, e sim música de pub, com os braços para cima, as mãos e os olhos fechados, pisando com uma perna em um ritmo estranho. Não vai ter ciúmes. Provavelmente, nem vai entender porque ou que deveria ter. Vai achar super normal conversar com “estranhos” na festa e ficar tentando entender o porquê de eu olhar tanto.

Vai ficar puta com coisas absolutamente sem sentido para mim. É capaz de não achar nada demais os lugares que eu adoro e é capaz, muito capaz, de adorar lugares que eu nunca iria por conta própria. É, esse mundo dá muitas voltas.

Vai passar um mês aqui e depois vai embora.

...

Mas vai passar um excelente mês aqui.

“Que não seja imortal, posto que é chama,

Mas que seja

Um comentário:

  1. Sempre te leio. Inicialmente por completar primaveras no mesmo dia que eu - tento blogs que posso me identificar com a leitura, e a técnica é ler gente do mesmo signo - e depois pela romantismo prático que seus olhos têm, que me é tão familiar. Essa escrita que fala do que sente sem ser choroso ou meloso, apenas doce. Parabéns!

    E que seja!

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