quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Batendo coração, batendo coração...


Bom, passou a prova, passou o resultado, a Ele chegou, foi embora e eu não escrevi nada. Mas pudera; tanto tempo com a vida girando em volta de uma única coisa, deixa muito pouco tempo para todo o restante. Perdi o momento de escrever, mas, pelo menos, não saiu de qualquer jeito.

Por ordem, vamos começar com a prova/resultado. Já falei um monte de vezes aqui que eu gosto de me sentir pressionado e realmente acho que dias como esses, às vezes, valem por anos no nosso crescimento. “Maracanã lotado, pressão monstra, os juvenis tremendo, você mata no peito e sai jogando” essa era uma das comunidades do falecido Orkut que eu mais gostava. Sempre ficava pensando no que se passa na cabeça de quem vai bater um pênalti em final... A expectativa que se cria sobre o craque do time, ou o mais experiente, ou o que, por algum motivo, passa mais confiança; deve ser muito show. Além de trazer como característica da minha personalidade a confiança, eu tenho o dom de passar isso para as pessoas; mesmo quando nem eu tenho certeza, aos olhos dos outros, já é certo. Meu pai me cobrava datas para comprar as passagens para o rio; “não deixe para depois, não, porque os aluguéis vão ficar mais caros”. No almoço de família, meu tio me pergunta quando é que eu vou para o rio, meus amigos cobrando a comemoração...

É nesse ambiente – de pênalti e expectativa – que eu achei o melhor jeito de expressar meu sentimento sobre esse resultado: http://www.youtube.com/watch?v=2NrLsUIcEzA 

No mesmo esquema do post anterior, seria legal ver o vídeo antes de continuar.

Frustrante. Essa é a palavra que melhor descreve a sensação depois da primeira, segunda, terceira e quarta prova. Frustrante. Ter que chegar em casa e, contra toda expectativa que eu criei, falar como foi a prova. Não tem muito o que falar.

Mas tudo que eu escrevi sobre a eleição, sobre a moeda, repete-se absolutamente tudo. Falando de pênalti, quanto mais pênaltis eu bater (e desses decisivos) maior a chance de fazer o de campeão do mundo... Quantos mais eu perder, mais difícil será perder o próximo.

Poderia ter ficado aqui, cursando o mestrado em um centro de referência do Nordeste, guardando a bolsa inteira, no conforto de casa. Poderia, mas não vou. Não vou por uma razão bem simples: não quero, com 22 anos, limitar até onde eu posso chegar. Posso nem conseguir ir muito mais além do que iria aceitando o convite, mas é extremamente triste e medíocre aceitar qualquer limite sem morrer de empurrar a parede, até que ou ela ou eu caia. Simplesmente, essa não é uma opção. Não por enquanto. A parede ainda tá em pé e eu também.

Embora muitas vezes pareça, esse mestrado não é, em si, o objetivo; é um meio. Ainda não tenho absoluta certeza sobre que carreira seguir – se acadêmica ou mercado ou ambos – mas em qualquer delas, esse mestrado abre as melhores portas. Sobre a academia, sem dúvidas nenhuma quanto a isso. Sobre o mercado, pode haver outros caminhos. Pode.

Não adianta perder mil pênaltis e seguir batendo o próximo do mesmo jeito. Cheguei à reta final da prova completamente esgotado porque não me permiti descanso. Tive que lidar com a prova com dor na lombar (e no pescoço) porque não me permiti fazer exercício físico. Fui fazer a prova absolutamente tenso, porque foi sobre aquele dia que meu ano inteiro girou. Eventualmente, vou ter que me deparar com uma situação como essa de novo, mas não é esse o caso.

Continuo querendo o mestrado. Para quem me conhece melhor, sabe que agora eu quero passar entre os primeiros (10, talvez 15...). Mas eu sou inteligente e quero sempre me adaptar às experiências que eu tive (se não, não valem de nada). Começar indo atrás de competir em condições (pelo menos) parecidas com o pessoal do rio/SP: articular com mais alguns colegas que queiram “algo mais” um “cursinho” que prepare desde fevereiro, com carga semanal maior, abordando diretamente os professores sem intermédio do CAEN. Fazer mais simulados que realmente simulem o estresse que é o dia da prova, o longo dia olhando para baixo, sem dormir depois do almoço e 10 minutos para se recompor de uma guerra antes de começar a outra. Fazer e seguir à risca um cronograma de preparação que inclua domingos de praia, recessos e “bônus” por meta alcançada (funciona na iniciativa privada, porque não funcionaria para mim?!). Depois, construir uma história mais “vendável”, com experiências profissionais que agreguem de verdade e que pareçam relevantes à um recrutador dos programas de trainee (que aliás, não vou perder o prazo de inscrição por estar próximo da prova); isso está praticamente certo. Por fim, aproveitar um ano de porrada nas costas, a experiência, e considerar o ano em um horizonte mais longo e equilibrado. Se vai funcionar, veremos depois. Vamos lá, vamos pro pau!


Agora mesmo, é férias porque o ano que vem vai ser porrada de novo. Arrumando as malas para Matlock Bath passar as festas de final de ano com a minha ratinha! Uhuuul!

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